18 de ago. de 2011

Segredo sabor coxinha de frango da estufa

por Marília Ferreira às 4:54 PM
imagem: http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=108400548_246.jpg&v=E
Me lembro bem, foi em 2000, eu tinha oito anos. Fazia 2ª série do fundamental e tinha voltado a estudar com alguns amigos da pré-escola. Como já conhecia mais da metade da galera, não foi difícil me enturmar, principalmente com uma menina que tinha sido minha BFF no 3º período, a quem chamarei Nane.
Nane era um pouco maior que eu, gordinha e falava com a língua entre os dentes, o que me irritava pra caramba. Mas isso não vem ao caso.
Certo dia, hora do recreio, estávamos eu, Nane e uma amiga de Nane lanchando na parte superior do pátio - na hora do intervalo, abriam a quadra de esportes que ficava meio afastada da escola pra gurizada poder correr, mas era preciso descer uma escada de vários degraus pra chegar lá, olha o crime!... Sim, voltando, estávamos eu, Nane e essa amiga de Nane lanchando na parte superior, onde não eram permitidas as brincadeiras de correr, pois os menores (alunos do pré) ficavam ali. Funcionava basicamente dessa forma: Crianças do pré-escolar ao Jardim no pátio de cima e crianças do ensino fundamental na quadra esportiva. Como eu sempre fui da oposição, afinal  nunca tinha entendido o motivo da proibição do nosso pega-pega e também gostava, sempre insistia em incitar os demais pimpolhos a brincarem de correr comigo no pátio de cima, mesmo que alguns medrosos não quisessem. Mas naquele dia eu tava com os ovos virados. Resolvi que ia brincar ali de qualquer jeito, por isso, chamei Nane e sua amiga pra começarem a revolução comigo. Só que minha gangue não estava completa, então desci até a quadra pra chamar os meninos, sempre gostei mais de brincar com eles.

Eu e Nane saímos do local onde, mais cedo, estávamos dividindo nossa merenda e começamos a correr pelo pátio, nos esquecendo de que ali também ficava a cantina onde as tias se concentravam pra tomar café, comer salgadinho gordurento e especular sobre a vida alheia. Foi quando se ouviu o estrondo. A estufa onde ficavam os salgados havia se partido em dezenas de pedaços, permanecendo inteira apenas a armação de metal. Era coxinha e risole de presunto pra tudo que era lado.
imagem: http://media.photobucket.com/image/coxinha%20na%20estufa/blogodorium/salgados-para-festa.jpg
Como eu corria mais rápido, já estava descendo as escadas da quadra pra chamar os garotos quando o salseiro se armou. Nane foi em direção à cantina e, por algum motivo obscuro, se desequilibrou e caiu em cima do diabo da estufa quente. A outra amiga de Nane, mera coadjuvante, nem tinha começado a correr. Covarde.
Não deu outra, a culpada era eu. Engraçado foi que Nane começou a chorar e eu nem me abalei, não tinha quebrado nada. Voltei das escadas da quadra, vi tudo espatifado e quando menos me dou conta, estão me levando pra sala de aula em plena hora do recreio. O que eu tinha feito de errado? Só porque eu insisti em brincar no meu tão amado pátio? Burra foi Nane que correu e ainda deu azar de se estabacar logo pro lado da cantina. 
Fiquei de castigo durante a manhã inteira e como celular era raro naquela época e meus pais trabalhavam naquele horário, ninguém lembrou de ligar pra eles, então eu e Nane recebemos advertências na agenda que no outro dia deveriam voltar pra escola assinadas por nossos responsáveis.
Vocês acham mesmo que algum dia meus pais souberam dessa história? Pois se souberam, não fui eu quem contei.

Marília Ferreira Cruz

- Agradeço a Samy Carvalho, que com uma simples brincadeira de Facebook me fez lembrar desse causo infantil. Obrigada =)

3 comentários:

Unknown disse...

ASFASHFIUAHDAWDAHWIDHAWIDHASIDHASIDH guri é bicho doido ashiawhgawhiduasdasd

Marília Ferreira disse...

Acho que até hoje devem lembrar de mim naquela escola, se é que ela ainda existe. Causei, bjs.

Anônimo disse...

ow Máh não precisa agradecer não **)
mais é uma ótima historia!

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